Minha História
Sou Geovani do Nascimento Brum, nascido em Cachoeiro de Itapemirim no ano de 1982, morei no Distrito de Itaoca Pedra, interior do Município, desde que nasci até o ano de 2006, quando me mudei para Cachoeiro, aos 24 anos de idade.
Mais novo em uma família de quatro irmãos, tive uma infância muito simples, mas muito abundante.
Comecei a trabalhar muito cedo. Desde que me recordo já existiam pequenas tarefas que eram de minha responsabilidade. Comecei a trabalhar profissionalmente, aos 14 anos de idade como servente de pedreiro. Fiz esse tipo de trabalho até os meus 18 anos, quando ingressei na Provale, uma indústria de processamento de calcário (resultante da moagem de pedras calcárias) que produzia carbonatos em geral, calcário corretivo de solo - utilizado na agricultura de toda região sudeste do Brasil e região sul da Bahia - e calcário siderúrgico, utilizado como insumo nas indústrias de processamento de minério de ferro (Vale, CST, Samarco).
Era um trabalho muito pesado e muito insalubre (muito barulho e poeira resultantes do processo de moagem das pedras que se transformariam em calcário em pó) e, no final do ano de 2002, depois de 2 anos e meio nesse trabalho penoso, num momento de lucidez eu perguntei pra mim mesmo: É esse o futuro que eu quero pra minha vida?
A resposta foi "não" e a partir daquele momento comecei a construir a nova vida que eu iria viver.
Imediatamente, fui procurar informações sobre um curso superior que eu pudesse fazer naquele momento. Das alternativas que eu tinha à época (Administração, Direito e Contabilidade) optei pela Contabilidade, por acreditar que teria mais chances de ser remanejado do setor de produção para o setor administrativo da empresa em que eu trabalhava.
Estudei para o vestibular com os materiais que eu tinha em casa, alguns deles um tanto quanto desatualizados, mas mesmo assim me esforcei bastante e consegui passar. Foi um dos momentos mais felizes da minha vida: ter ido à faculdade e ver o meu nome na lista dos aprovados. Mas, logo veio o primeiro problema: eu não tinha o dinheiro para pagar a matrícula e a primeira mensalidade. Meus irmãos me ajudaram a completar o valor que faltava, consegui me matricular e em 2003 ingressei de fato na faculdade.
Logo que souberam que um rapaz que trabalhava na produção estava cursando o ensino superior, o responsável pelo setor de Recursos Humanos me chamou para conversar e prometeu, assim que surgisse uma vaga, me remanejar para o setor administrativo, o que não demorou a acontecer. E quando saí daquele ambiente insalubre percebi que o conhecimento, a educação e meu esforço poderiam me levar a lugares e a cargos ainda melhores, e por isso lancei um novo desafio pra minha vida: passar no concurso para a Caixa Econômica.
Mesmo trabalhando o dia todo e cursando a faculdade no período da noite, aproveitava cada segundo de tempo livre para estudar e, essa época, meu reduto na faculdade era a biblioteca: antes da aula, no intervalo, quando saia mais cedo se quisesse me achar era só me procurar por lá. Menos sexta-feira, que era dia de fazer aquela social com os amigos no "verdinho", um bar que ficava perto da faculdade.
Missão dada é missão cumprida, e outra grande alegria em minha vida em tão pouco tempo: em 2004 fui aprovado no concurso da Caixa. Nesse momento eu me senti em outro mundo. Vi o quanto eu era capaz e o quanto a minha disciplina, meu foco, minha capacidade de identificar meu estado atual, aliada a uma visão de futuro clara e bem definida, juntamente com meu poder de ação poderiam me favorecer. Essas habilidades, depois que eu as identifiquei em mim, foram de extrema importância para eu alcançar outros bons resultados em minha vida pessoal e profissional.
Nesse período recebi várias propostas de emprego, mas a Provale cobria essas propostas por acreditar no meu potencial e na minha competência. Mas chegou um momento que não dava mais pra me segurar por lá.
Foi em 2006, quando fui nomeado para a Caixa Econômica Federal. Na época era um cargo excelente para um garoto recém-saído da roça, que até pouco tempo era um operário de chão de fábrica. E nesse mesmo ano eu e minha família nos mudamos de Itaoca Pedra para o Bairro Ibitiquara, nos arredores do Centro da cidade de Cachoeiro, para evitar o desgastante deslocamento de todos os dias que eu tinha que me submeter para ir trabalhar na Caixa.
Essa decisão de mudança foi tomada por mim, o filho mais novo, e hoje vejo que foi uma decisão acertada, pois foi um divisor de água na minha vida e na vida dos meus irmãos, que hoje estão todos estabelecidos em Cachoeiro.
No ano seguinte, em 2007, vi mais uma oportunidade e resolvi participar de uma seleção para atuar como tutor presencial do curso superior de Administração a distância da UFES, no Polo de Cachoeiro. Fui selecionado e lá eu trabalhei no período noturno, depois do expediente na Caixa Econômica de 2007 a 2010. Lá fiz muitas amizades com os alunos e funcionários da secretaria, por quem tenho grande gratidão e carinho até hoje.
Mesmo com essa jornada dupla, Caixa e UFES, não deixei minha carreira de lado e mantive meu radar ligado para as oportunidades que pudessem surgir. Para tanto, estava sempre estudando, lendo artigos, livros, revistas e buscando alternativas de me manter um profissional atraente para o mercado.
Mas, meu perfil estava mais inclinado para o serviço público. Meu sonho era ser Auditor Fiscal da Receita Estadual. Em 2009 fiz a primeira tentativa para esse cargo e não consegui a aprovação. E nessa mesma época mantive o foco nos estudos e fiz outros concursos para o cargo de contador que estavam abertos e fui aprovado em 4 deles. Em um deles eu fiquei em 1º lugar, em outro fiquei em 2º lugar e em outro fiquei em 4º. Em 2010 eu fui nomeado em todos eles e tive a oportunidade de escolher em qual deles eu iria trabalhar e nessa época eu me desliguei da Caixa Econômica e da UFES e vim morar e trabalhar em Vitória.
Percebi nessa época que as coisas na minha vida estavam sendo construídas em duas etapas: a primeira etapa dessa construção se dava minha mente, quando eu imaginava o que eu queria, conseguia enxergar com clareza, como se já tivesse acontecido, como se já fosse real. Essa etapa de visualização era realizada todos os dias.
A segunda etapa era a "ação". Arregaçar as mangas e fazer o sonho acontecer.
Continuei estudando e fui aprovado em outros concursos Brasil a fora e fui nomeado na Contabilidade Geral do Estado, na Secretaria da Fazenda do Espírito Santo, onde trabalho desde 2012. Desde então, foram muitos desafios, muitos aprendizados e muita experiência adquirida.
Em 2013 fiz minha segunda tentativa para o cargo de Auditor Fiscal da Receita Estadual e, dessa vez, eu consegui. Fui nomeado em 2017 e realizei mais esse sonho que já havia sido construído na minha mente.
Hoje sou plenamente realizado com minha profissão e não me imagino fazendo outra coisa.
A educação, a disciplina e a persistência foram divisores de aguas na minha vida e hoje sou muito grato por toda jornada que percorri e sou muito orgulhoso da história que construí.
Buscando novos horizontes e buscando também respostas para o meu futuro pessoal e meus dilemas profissionais, descobri o Coaching como uma ferramenta de desenvolvimento pessoal tão extraordinária, tão eficaz no processo autoconhecimento e alcance de resultados que não só as apliquei na minha vida como quero compartilhá-las com mais pessoas.
Foi aí que busquei uma formação em Coaching e aqui estou hoje, apto a ajudar pessoas a encontrarem melhor versão de si mesmas e alcançarem os resultados que esperam para suas carreiras e suas vidas, de acordo seus valores, suas habilidades e sua missão de vida.
Geovani Brum.